Ecologia de comunidade: como uma espécie pode interferir em um ecossistema

Espécies com amplo impacto seriam espécies que estão em abundância em uma comunidade ou que possuem um papel central na dinâmica da mesma. Essas espécies podem ser classificadas como dominantes, espécies-chave e percussoras.

As espécies dominantes possuem em todo o coletivo da comunidade, maior biomassa e podem influenciar no controle de outras espécies. Existem várias hipóteses para a existência desse tipo de espécie, uma delas seriam sua capacidade muito superior de competir por recursos e nutrientes e sucesso em doenças e predação. As espécies invasoras poderiam ser consideradas uma espécie dominante pela sua biomassa e capacidade de competição com outras espécies. Uma maneira de se descobrir a influencia de uma espécie dominante é de se retirá-la da comunidade e estudar essa influencia nas outras espécies.

A espécie-chave exerce também um forte controle na comunidade, mas não necessariamente tem maior abundancia sobre a mesma. Elas possuem papéis ecológicos fundamentais. Uma maneira de se identificar uma espécie-chave é por experimento de remoção, verificando assim sua influencia na comunidade. Já as espécies precursoras causam interações físicas no meio e não estão ligadas com os níveis tróficos, ou seja, podem alterar o meio pelo comportamento ou biomassa coletiva. Elas podem ser chamadas também de “engenheiras” do ecossistema, seu efeito pode ser tanto negativo como positivo. O efeito positivo pode ser visto como efeito facilitador, porque exercem um efeito na sobrevivência e reprodução de outras espécies da comunidade.

Cada nível trófico possui muitas espécies como essas descritas anteriormente e foram bem estudadas como organização nas comunidades. Existem dois tipos de modelo na organização, o modelo bottom-up e top-down. O modelo bottom-up possui uma influencia unidirecional dos níveis tróficos inferiores para os superiores, assim sugere que se modificarmos a estrutura dos produtores afetaria os consumidores o inverso não é verdadeiro. O modelo top-down seria o oposto: afetando os consumidores afetaria os produtores. Esse modelo pode ser chamado como cascata, pois afeta toda a teia alimentar. O modelo top-down pode ser usado como biomanipulação na qualidade de rios e lagos, por exemplo. A comunidade é composta por vários elementos controladores, estudá-los a fundo é entender toda a ecologia da comunidade.

Fernanda Leite de Alcântara - 3º ano de Ciências Biológicas