Ativismo virtual

Manifestações sociais e políticas sempre vieram de grandes mobilizações populares, o que antigamente podia ser um pouco complicado, pela logística da situação. Hoje, com o avanço da tecnologia e a internet mais acessível, essa questão foi superada e permite uma mobilização maior em um pequeno período de tempo. Os jovens ativistas, apesar disso tudo, não possuem a mesma atuação que no passado, porém ainda vemos movimentações nas ruas, em menor proporção. A internet está recheada de ativismo, ação e idealismos. Há quem diga ainda que na internet existem regras online para a participação majoritária de jovens ativistas.

As ações brotam de toda parte, seja nos emails com os objetivos e causas defendidas, e o discurso dos idealizadores, ou nas redes sociais, como o Facebook, que permite que a notícias se espalhe em poucos minutos de maneira assustadora. Há ainda campanhas do Twitter, onde além das idéias os participantes podem relatar o que acontece em tempo real, entre outros meios de comunicação.

Quem não viu milhões de pessoas indo às ruas no mundo árabe para pedir mudanças em seus países? E na Espanha onde organizaram um movimento descentralizado, que tomou conta em mais de 60 cidades em apenas algumas semanas? Esses exemplos de mobilizações é o puro ativismo virtual, que hoje toma conta da sociedade. Todas foram originados de redes socias, fóruns de discussão, entre outros. Esse mar de repercussão fez autoridades do mundo inteiro se preocuparem com o alcance da internet. A China chegou a bloquear o acesso às redes socias, e o Egito tirou a internet do ar por algumas horas, para enfraquecer esse poder de comunicação.

Em São Paulo, existem várias manifestações populares divulgadas na internet, como o tombamento do Cine Belas Artes, atos contra a violência policial e protestos contra o aumento das tarifas de ônibus.

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha integrado com a agência de publicidade Box, indicou que 71% dos 1.200 jovens entre 18 e 24 anos entrevistados acreditam que a internet é um instrumento alternativo de mobilização social. Segundo eles, a forma repetitiva dos meios convencionais de comunicação ao transmitir as notícias contribui para a migração do debate para o esse mundo virtual.

São diversos os exemplos desse tipo de ativismo, a internet alcança hoje o que em décadas a Tv e outros meios de comunicação não atingiu. Sem contar a imprensa marrom, que mascara e omite informações a sociedade. Com a internet isso está acabando, redes e mais redes de ativismos vieram para acabar com isso e mostrar a verdadeira face da sociedade.

Fernanda Leite de Alcântara, Jornal Biosferas