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ARTIGOS: Mente, cérebro, neurociência




Usando a cabeça

A mente humana e suas inúmeras possibilidades sempre despertaram grande interesse e curiosidade, seja para cientistas ou leigos. O cérebro e suas relações com o funcionamento do corpo, o desenvolvimento do intelecto, as emoções e a grande capacidade de raciocínio e aprendizagem do homem intrigam a ciência e as sociedades a buscar resposta para uma questão: qual é o poder da mente?

Através da neurociência já é possível conhecer as diversas áreas cerebrais que estão associadas às emoções, sentimentos religiosos, comportamento motor e paixões, por exemplo. Também é possível saber que a cada palavra que você está lendo, neste momento, seu cérebro está numa jornada bioquímica incrível através de complexos circuitos neurais. Estes circuitos irão fazer você lembrar conceitos, associar conhecimentos e até, talvez, sentir certo prazer com a leitura.

Assim, diante de uma mente tão complexa e misteriosa surge a imaginação de que, sim, a mente é poderosa e não tem limites. Também é prazerosa a ideia de que, na realidade, usamos apenas 10% de todo o nosso "potencial" mental e podemos escolher qual lado do cérebro utilizar para aperfeiçoar nossa inteligência!

Contudo, a neurociência tem avançado muito na elucidação de como o cérebro funciona e através de grandes pesquisas certos conceitos muito populares mudaram bastante. Sendo assim, através de ressonâncias magnéticas, tomografias e muito empenho foram feitas descobertas importantes sobre o "poder" da mente.

Está esclarecido que já usamos todo o nosso cérebro e a questão dos 10% deve nos deixar cautelosos, principalmente se alguém vier oferecer algum tipo de possibilidade para os outros 90%, que de modo algum estão sem uso. Outra questão elucidada é que já utilizamos os dois hemisférios cerebrais e não há um lado "dominante" para o racional ou emocional, sendo que, isto depende de um trabalho coordenado entre os dois hemisférios cerebrais.

Finalmente, a mente tem limites, ao menos os limites fisiológicos e físicos que nos colocam diante de uma realidade mais crítica e cuidadosa com relação ao poder da mente. É importante estar aberto ao "novo" e evitar julgamentos prontos e sem uma séria reflexão, ainda mais importante é evitar tomar como verdade absoluta conceitos que nem sempre estão associados à realidade. Enfim, diante das evidências, o verdadeiro "poder da mente" é "usar a cabeça"!

Para saber mais: HOUZEL, S. H. - Guia para incautos - Em: http://www.cerebronosso.bio.br/guia-para-incautos/

Thierry Alexandre G. B. Denardo







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