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ARTIGOS: Museu, Educação não-formal, Mediador




Museus: forma de aprendizado não-formal

Em se tratando da variedade de programas culturais, a cidade de São Paulo dispõe de um grande número de museus a serem visitados tanto por residentes da cidade quanto por turistas que estão apenas de passagem. Puramente por curiosidade ou pela sede de conhecimento, pessoas de todas as faixas etárias visitam museus de arte e ciência na cidade, como o Museu da Língua Portuguesa, Museu de Arte de São Paulo - MASP, Museu Biológico do Butantã, dentre outros.

Como o fluxo de visitantes nesses grandes museus é bastante intenso, durante a visitação nem sempre um mediador está disponível. Entretanto, informações na forma de textos explicativos, legendas em quadros e peças e guias na forma de folhetos auxiliam na transmissão da informação para o público interessado.

Quando o mediador está presente, a maioria das vezes a abordagem dos temas se dá de forma unicamente expositiva. Se o assunto não for trabalhado da forma correta, o mediador pode torna-lo bastante desgastante, por mais interessante que seja. Nesse caso, o visitante fica preso à explicação e perde a liberdade de ir à busca dos assuntos que mais o atraem, nos quais despenderia mais tempo, desenvolvendo assim mais autonomia em relação ao seu aprendizado. Por outro lado, o mediador transmite uma grande quantidade de informação e com curiosidades que chamam a atenção do visitante, sendo possível entender um assunto de diversos pontos de vista. Do mesmo modo, a disponibilidade de um profissional familiarizado com assunto abordado é importante para tirar qualquer tipo de dúvida que possa surgir por parte das pessoas que visitam os museus.

Metodologias diferenciais também tem trazidos grandes benefícios para espaços de educação não-formal, sobretudo aquelas que se relacionam a espaços informatizados. A implantação de painéis interativos (Museu da Língua Portuguesa), transmissão de vídeos educativos (Museu da Oca, no Parque do Ibirapuera) e criação de ambientes simulando processos biológicos/físicos/químicos naturais (Jardim Botânico e Museu Biológico) têm sido formas alternativas de auxiliar o profissional mediador durante as visitas e tornar o processo de aprender ainda mais interessante independentemente do tipo de museu.

As formas de mediação em museus ainda precisam ser bastante repensadas, de forma que os mediadores estejam sempre bem preparados para interagir com o público das mais variadas formas. Além disso, é importante a constante atualização dos espaços de educação não-formal em relação às suas metodologias informativas para que sejam usadas como auxílio ao mediador e, ao mesmo tempo, proporcionem uma nova experiência educativa aos visitantes.

Arthur de Lima Silva - Jornal Biosferas







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