Jornal Biosferas

Brand


ED. ESPECIAL 2013: Divulgação Científica e Extensão




O papel do educador no século XXI

Durante vários estágios de observação, co-regência e regência em escolas de Ensino Fundamental I, percebi que aos mestres de hoje foram atribuídos papéis que deveriam ser ministrados pelos genitores do alunado e não pelos atores da unidade escolar. Disciplinas como língua portuguesa, matemática, história, geografia, ciências naturais, artes e educação física fazem parte do currículo regular, devendo ser ensinadas por professores bem formados por universidades, sejam essas estaduais, federais ou particulares. Mas, além destas, foi atribuída aos docentes a tarefa de educar seus pupilos nas disciplinas da moral, das virtudes e dos valores humanos, respeitando-se a herança cultural e religiosa de seus discípulos.

Outrora a figura do professor impunha respeito e em alguns casos até o medo, devido às severas punições aplicadas aos alunos indisciplinados. Com o passar dos séculos, comprovamos a precariedade do sistema de ensino público e o desrespeito ao profissional da educação formal, até mesmo nas escolas particulares.

Espera-se que a escola ensine, além das disciplinas do currículo regular, princípios que deveriam ser trabalhados no seio familiar de cada aluno, porém muitos pais – despreparados é claro – despejam sua prole nas escolas na esperança de receber de volta pessoas instruídas, educadas, virtuosas e moralmente aceitas pela sociedade alienada, capitalista e globalizada atual.

Quiçá fosse a tão sonhada farta remuneração que motivasse muitos professores a enfrentarem salas de aula com mais de 30 alunos, a missão é encarada por amor à profissão de professar a outro, o direito de aprender. A melhor remuneração vem com aqueles que com você aprenderam a ler, a contar e a escrever. Ler nos olhos de seu aluno que ele cresceu não só como mais um aluno com boas notas, mas que, consequentemente, tornou-se uma pessoa muito melhor; pois com eles deixamos um pouco de nossa cultura pessoal, recebendo deles outra proporção de conhecimento renovável a cada geração que passa pelas carteiras escolares de cada escola existente neste nosso planeta azul.

David Lorenzon Ferreira; UNESP Rio Claro.







Nos encontre nas redes sociais: