Com alegria apresentamos a você, leitor, a 4ª edição especial do jornal Biosferas. A temática dessa edição é “Ciência – Tecnologia – Desenvolvimento Social” e seu propósito é o de estreitar o diálogo entre ciência, mídia e cultura.
Os acontecimentos desse século evidenciam que as relações entre ciência e sociedade estão cada vez mais entrelaçadas. O desenvolvimento tecnocientífico promove, inevitavelmente, profundas transformações das atividades científicas. As pesquisas empreendidas, geralmente, vão para as mídias como invenções sempre muito atraentes e apontam para o avanço e o desenvolvimento social. Entretanto, como afirma Germana Barata, “a cobertura da ciência e tecnologia pela mídia ainda suscita crítica de especialistas e cientistas”. Os motivos são significativos, pois informações com conceitos imprecisos e impregnadas de sensacionalismos, certamente, não contribuem para uma boa compreensão das atividades científicas na sociedade atual.
Nesse sentido, um dos desafios centrais de Biosferas é o de preparar futuros cientistas para a divulgação científica de qualidade. Espera-se que a produção científica de uma sociedade seja conhecida por todos, mas sem distorções, sem exageros, com seriedade, muito bem qualificada. Por isso, em 2014, iniciamos o investimento na formação de divulgadores desde a adolescência (ensino médio). Aqui, você encontra matérias de alunos do ensino médio, graduandos e pesquisadores; cada um, ao seu modo, lança-se à aventura de divulgar uma informação, posicionando- se criticamente acerca da temática trabalhada.
E é por isso que acredito na Divulgação Científica: esta, quando eficazmente produzida, é fértil e imprescindível ao informar sem deformar a atividade científica. É preciso oferecer ao leitor a possibilidade de exercitar sua leitura sobre a ciência. Uma boa matéria, por exemplo, deixa espaço para um diálogo constante acerca das atividades científicas que engendram uma sociedade. Sob essa ótica a divulgação científica exerce uma tarefa primaz, que ampara a visão crítica da ciência.
Nesta edição, é possível compreender o trânsito das preocupações que afetam os jovens, tais como a busca da saúde pelo consumo de inibidores. A matéria “Vai um inibidor aí?”, de Letícia Mello Silva, permite reflexões acerca das medicações para o controle de peso e do discurso de sua eficácia. Já a matéria de Jade Onassis traz informações que satisfazem curiosidades muito presentes, tais como a reação dos músculos a um choque elétrico, que leva ao leitor uma descrição do processo fundado na biologia e na física. Por sua vez, a história da fecundação artificializada foi retomada na matéria “Bebê de proveta, ou fertilização in vitro”.
Os textos de Ana Carolina Spadin, Stella de Mello Silva, Germana Barata, Erman Naum da Silva e Renato Augusto C. dos Santos, debatem com prudência a importância, o lastro e a contribuição da divulgação científica à sociedade e à formação educacional. Apresento, ainda, as matérias “No compasso da ciência”, “Atividades de campo e a formação do biólogo na visão de um microbiologista”, “Clonagem ou brotheragem?” que trazem à tona curiosidades e informações as quais enriquecem o conhecimento científico, ao mesmo tempo em que o aproxima da sociedade.
Por isso, leitor, acredito que esta edição de Biosferas, certamente, ampliará seu conhecimento. Espero que curta e compartilhe essa leitura com seus amigos!
Outubro de 2014.
O conteúdo aqui exposto caracteriza a filosofia de trabalho da comissão editorial do Biosferas, que é a de que a produção do conhecimento - embora ocorra de forma segmentada - está voltada para seu exercício prático, que extrapola a sala de aula e os laboratórios e é redimensionada na leitura do mundo, resultando em novo conhecimento – fruto do diálogo entre ciência e cultura.
Boa leitura a todos!