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Parceria entre USP, Unesp e Unicamp traz novas descobertas sobre o DNA

Mesmo após 60 anos da descoberta do DNA, essa molécula essencial, que traz todas as informações genéticas utilizadas para formar os organismos, continua nos surpreendendo com sua complexidade. 

Dentre as partes ainda obscuras do DNA, estão os transposons ou elementos de transposição, assim chamados por causa da sua movimentação no material genético. Em outras palavras, certas partes do DNA se destacam, mudam de lugar e se agrupam em outra área da fita. Veja a animação mais abaixo. 

Esses elementos, até então considerados descartáveis, eram deixados de lado nos estudos sobre o assunto. 

É preciso destacar que o estudo do DNA mudou completamente após o início do projeto genoma. A associação de vários países permitiu o sequenciamento das informações contidas no material genético. 

O sequenciamento fornece todas as informações do organismo, permitindo um maior entendimento do seu funcionamento e possibilitando pesquisas sobre determinadas doenças. No Brasil, esse estudo realizou avanços no conhecimento e auxilia a biotecnologia proporcionando a melhoria de sementes importantes na economia.

A exemplo de pesquisa, o grupo de Marie-Anne Van Sluys, bióloga da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) chegaram a conclusões interessantes. Um dos resultados desse estudo foi que os transposons apresentam uma tendência a se associar com determinados genes ou locais específicos da cadeia. 

Na cana de açúcar, os transposons parecem ocorrer em maior número que em outras plantas, mas compartilham cerca de 80% do material genético com o milho e sorgo (espécie africana parente do milho). Isso mostra, que muito do que diferencia essas espécies pode estar relacionado a essa movimentação de fragmentos de DNA, que devem regular o funcionamento de alguns genes. 

Essa descoberta, por si só, é de grande implicação no estudo do assunto, pois o estudo dos transposons futuramente poderá ajudar a descobrir como controlar determinados genes e, consequentemente, contribuir para o melhoramento genético de plantas com valor econômico. A continuação da pesquisa pode trazer, também, outros resultados que significarão um enorme avanço nessa área tão estudada e tão complexa que é o DNA. 

Veja o artigo original aqui

Gabriela Klein Barbosa - Jornal Biosferas







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