Módulo 2 - Interação Homem-Ambiente - 3. Geodinâmica Interna

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GEODINÂMICA INTERNA

 

VULCÕES

Segundo Murk, Skinner & Porter (1996) o termo vulcão tem origem no deus Romano do fogo chamado de Vulcan. Os autores citados colocam que os vulcões podem ser entendidos como estruturas na crosta terrestre por onde são expelidos magma, fragmentos de rocha sólida e gases.

Murk, Skinner & Porter (1996) afirmam ainda que é impossível elaborar uma classificação exata sobre erupções vulcânicas, pois, os tipos de atividade e a natureza dos materiais expelidos mudam ao longo dos eventos vulcânicos, as vezes de forma gradual (algumas semanas, meses ou anos), ou de maneira abrupta (de um dia para outro, ou na hora seguinte).

Neste contexto, os estudos geológicos sobre vulcões tem sido realizados através da análise dos processos de diferentes erupções vulcânicas, pois, cada vulcão apresenta histórias e modo de funcionamento distintos (Lundgren 1999).

Entretanto, é possível classificar erupções vulcânicas com base no estilo de erupção, nos tipos de materiais expelidos e pelas formas dos edifícios vulcânicos (Murk, Skinner & Porter, 1996).

Lundgren (1999) afirma que existe uma relação muito estreita entre as placas tectônicas e os diferentes tipos de vulcões. Murk, Skinner & Porter (1996) destacam que a compreensão dos processos vulcânicos, no contexto das placas tectônicas, é importante não somente para melhorar nosso conhecimento científico sobre esse processos, como também para desenvolver nossa capacidade em determinar acidentes associados à vulcões e predizer futuras erupções.

O círculo de vulcões que circundam o Oceano Pacífico formam o denominado Cinturão de Fogo (Ring of Fire), sendo exatamente paralelo as margens de subducção da Placa do Pacífico. Nesse cinturão localizam-se os mais ativos e explosivos vulcões do mundo, incluindo o Monte Pinatubo (Filipinas), o Monte Unzen e o Monte Fuji (Japão), o Krakatau e o Tambora (Indonésia) e o Monte Spurr (Alasca) (Murk, Skinner & Porter, 1996).

A figura a seguir ilustra as principais regiões do mundo que apresentam atividades vulcânicas, mostrando o Cinturão de Fogo em torno da Placa do Pacífico (modificado de Montgomery, 1992; organizada por Fábio Reis).

Mapa das Regiões com Atividades Vulcânicas

 

Técnicas de sensoriamento remoto vem sendo utilizadas para detectar súbitas mudanças de temperatura nas regiões próximas de vulcões ativos. A figura ao lado ilustra a Baia de Nápoles, na Itália, onde pode ser observado na sua porção centro-direita o Vulcão Vesúvio.

 Trata-se de uma imagem de satélite em falsa cor (infra-vermelho), na qual as porções de coloração vermelha nas encostas do vulcão representam lavas expelidas pelo mesmo há 300 anos, constituindo rochas pouco intemperizadas. Já as cores amarelas e alaranjadas indicam lavas antigas e cinzas vulcânicas que soterraram a cidade romana de Pompéia, em 79 D.C (Murk, Skinner & Porter, 1996).

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Encerramos a parte teórica do módulo 2 (tópico Interação Homem-Ambiente). No próximo módulo iniciaremos o capítulo Geodinâmica Externa.

A seguir veremos as leituras recomendadas e os exercícios propostos.

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Leituras Recomendadas

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS