Estamos iniciando o módulo 8 (tópico Cartas Geológico-Geotécnicas), que aborda as principais sistemáticas nacionais de elaboração de cartas geológico-geoténicas. No Final encontram-se as Leituras Recomendadas e os Exercícios Propostos.

Bom Estudo !!!!!!!!!

No Módulo 8 (tópico Cartas Geológico-Geotécnicas) vamos continuar abordando as principais sistemáticas de elaboração das referidas cartas, assunto que iniciamos no Módulo 7. Entretanto, no presente módulo trataremos das principais sistemáticas brasileiras, com ênfase para:

• Sistemática EESC/USP;

• Sistemática IPT;

• Sistemática do Detalhamento Progressivo.

Portanto, nas próximas páginas veremos como surgiram, as fases de elaboração, as principais características, além de outros aspectos das sistemáticas citadas.

O objetivo desse módulo é fornecer conhecimentos gerais de como as Cartas Geológico-Geotécnicas são elaboradas, possibilitando que os alunos interessados no tema tenham subsídios para trabalhar nessa área.

Segundo Zuquette & Nakazawa (1998), as primeiras experiências de trabalhos aplicados à cartografia e ao mapeamento geotécnico no Brasil ocorreram entre 1965 e 1966, com a publicação de um artigo pelo Prof. Haberlehner no 20º Congresso Brasileiro de Geologia, realizado em Porto Alegre. Nos anos seguintes, vários trabalhos de cunho metodológico foram elaborados, porém somente após 1988 essa área de conhecimento apresentou um grande desenvolvimento.

Nesse sentido os grupos que mais se desenvolveram no tema em questão foram (Zuquette & Nakazawa, 1998):

• Departamento de Geologia do Instituto de Geociências, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IG-UFRJ);

• Divisão de Geologia do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT);

• Departamento de Geotecnia da Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo (EESC/USP);

• Instituto Geológico de São Paulo (IG/SP);

• Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS);

• Departamento de Geotecnia de Universidade de Brasília (UnB);

• Departamento de Geologia da Universidade de Minas Gerais (UFMG);

• Além, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).

• Sistemática IG/UFRJ: baseia-se em trabalhos predominantemente associados a movimentos de massa e processos de ocupação, realizados na cidade do Rio de Janeiro e em outras áreas próximas, utilizando escalas desde 1:50.000 até maiores de 1:10.000. Trata-se do grupo que apresenta a maior experiência de trabalho em escalas maiores que 1:10.000 (Barroso, Cabral & Malta, 1993).

• Sistemática UFRGS: a metodologia utilizada aborda aspectos relacionados aos solos, correlacionando-os com características geotécnicas e pedogenéticas (Zuquette & Nakazawa, 1998).

• Sistemática IG/SP: fundamenta-se na elaboração de diversos documentos cartográficos com base no uso dos conceitos de tipos de terrenos, tendo como finalidade a aplicação no planejamento da ocupação do solo, na avaliação de aqüíferos e de áreas de maior fragilidade (Zaine, 2000).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS