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5. PRINCIPAIS SISTEMÁTICAS DE ELABORAÇÃO |
SISTEMÁTICA IPT |
A sistemática IPT baseia-se nas seguintes fases (Proin/Capes & Unesp/IGCE, 1999):
1ª FASE |
ELABORAÇÃO DE UMA HIPÓTESE/MODELO INICIAL ORIENTATIVO
1. Identificação objetiva dos recursos e problemas existentes ou esperados, por meio do conhecimento do uso do solo;
2. Reconhecimento das solicitações e transformações inerentes às formas de uso do solo e dos elementos fundamentais dos processos e comportamentos da geologia, da geomorfologia e da geotecnia;
3. Elaboração de uma primeira configuração fisiográfica dos terrenos (em termos do uso do solo) e de um ensaio de compartimentação ante os problemas e recursos esperados.
2ª FASE |
ANÁLISE FENOMENOLÓGICA E DE DESEMPENHO
1. Identificação e análise das causas do desenvolvimento dos fenômenos ou situações geradoras dos problemas pré-detectados.
2. Para cada problema se estabelecem as características fisiográficas de interesse para a ocupação (intervalos de declividade, tipos litológicos e pedológicos, famílias de estruturas, feições hidrográficas).
3. Utilizam-se de conhecimentos do campo da Geotecnia, Hidrogeologia, dinâmica externa, etc.; com a eventual execução de ensaios e análises laboratoriais e "in situ".
3ª FASE |
MAPEAMENTO E COMPARTIMENTAÇÃO (2 ETAPAS)
1. Estabelece as principais evidências acessíveis à investigação das características de interesse, no que se refere à litologia, estruturas, intemperismo/pedogênese, relevo, etc.; que permitam fixar critérios de correlação, extrapolação e interpolação e que resultem na configuração espacial das características de interesse.
2. Busca orientada das informações e das expressões geográficas das características de interesse, por meio da análise das informações disponíveis, reconhecimento/ mapeamento com recursos de sensoriamento remoto, levantamentos de campo e, eventualmente, investigações "in situ" e laboratoriais.
3. Definição de compartimentos homogêneos (unidades territoriais), segundo a maior probabilidade (expectativa) de ocorrência de problemas (eventualmente riscos), ou segundo as características de interesse (atributos e parâmetros) ou ainda a definição de unidades homogêneas em termos da aptidão a determinada forma de uso e ocupação.
4ª FASE |
REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA
1. Apresentação dos resultados de modo a dar acesso facilitado ao público interessado (técnicos de outras especialidades, administradores públicos e privados, população).
2. Registrar as operações realizadas e as informações utilizadas para permitir a retomada dos trabalhos em detalhamentos e atualizações, já que a Carta Geotécnica não é única ou definitiva.
A figura a seguir ilustra de forma sintética a dinâmica de elaboração de Cartas Geológico-Geotécnicas pela Sistemática do IPT.
Na próxima página veremos uma outra maneira de esquematização da Sistemática IPT.