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Ângulo de extinção:
Todo mineral anisotrópico quando observado a nicóis cruzados, apresenta-se extinto toda vez que suas direções de vibração principais coincidirem com o polarizador e analisador do microscópio petrográfico.
Define-se ângulo de extinção como sendo aquele formado por uma direção cristalográfica qualquer, como: traço de clivagem, plano de geminação, eixo cristalográfico, etc. e uma direção de vibração do mineral (o raio lento ou o raio rápido), conforme mostra a figura abaixo.
Legenda
Esquema de um mineral hipotético mostrando as relações entre uma direção
cristalográfica (eixo cristalográfico c) e as direções de vibração. Observe que e e o ângulo de extinção, no caso do
exemplo, aquele formado entre o raio rápido r e a direção do eixo c. Note que se o ângulo de extinção obtido for diferente de 45º, deve-se observar que haverão dois ângulos de extinção diferentes, e complementares entre si (e e 90-e). Por convenção, deve-se sempre utilizar o ângulo de menor valor |
Para medir-se o ângulo de extinção, gira-se a platina do microscópio de tal forma a alinhar uma direção cristalográfica com um dos retículos, anotando-se o valor obtido nesta posição. A seguir, gira-se novamente a platina até a posição de extinção do mineral, anotando-se o novo valor. O ângulo de extinção, será a diferença entre estes dois valores como mostra a animação abaixo.
Legenda: Animação que mostra a rotação de um mineral anisotrópico à nicóis cruzados. Quando as direções de vibração do mineral (l e r) ficam paralelas ao polarizador (PP) e ao analisador (AA) o mineral se encontra em posição de extinção. Em 0º as direções dos traços de clivagem foram alinhados segundo o retículo NS. O mineral está iluminado. Rotacionada a platina em 30o no sentido anti-horário o mineral torna-se extinto. Então o ângulo de extinção do mineral é 30º.
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