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Incidência da luz em planos gerais de superfícies cristalinas biaxiais:
Admita que a incidência da luz seja perpendicular a superfície cristalina anisotrópica, ou seja, o ângulo de incidencia i = 0. Nesta situação os índices de refração que estarão associados a um raio de luz, serão aqueles perpendiculares a sua direção de propagação.
Planos
gerais são aqueles em que a face ou seção do mineral não contém nenhum
índice de refração principal da indicatriz. Para a incidência normal de um raio de luz não polarizado em uma seção XZ, conforme representado na figura ao lado, surgirão dois raios de luz, OR1 e OR2 que terão direções de polarização paralelos a OZ e OX, respectivamente. Estes dois raios (OR1 e OR2), estarão contidos nos planos definidos por estas retas, suas direções de propagação e a normal a estas direções (OW). |
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Suas
direções de propagação serão aquelas definidas por seus raios conjugados,
sendo OR1 o raio conjugado de OZ e OR2 o de OX Observe
que nesta situação, ambos os raios (OR1 e OR2) têm comportamento de
raios extraordinários. Por outro lado, se o raio de luz estiver polarizado,
os raios refratados dependerão da direção de polarização da luz. Se
a luz acha-se polarizada segundo a direção OX, o raio a ser
refratado será unicamente o raio OR2. Porém se ele estiver polarizado
segundo a direção OZ, o raio refratado será apenas OR1. Entretanto,
se a direção de polarização da luz não coincide com nenhuma das direções
"privilegiadas", a luz será decomposta na refração segundo
as direções OX e OZ, com o aparecimento de ambos os raios,
OR1 e OR2. |