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Formação das isógiras

Considerando-se que uma linha isocromática é o lugar geométrico de raios que percorrem uma mesma distancia e portanto apresentam uma mesma cor de interferência, em uma figura de interferência associada a cada linha isocromática teremos as mesmos direções de vibração. No caso de uma figura de interferência biaxial, o exemplo da Figura I, mostra a indicatriz de um mineral cuja bissetriz aguda e "X", ou seja o mineral é biaxial negativa.

Figura I - Indicatriz de um mineral biaxial negativo mostrando as diferentes direções de caminhamento. Projetando-se no plano perpendicular a BXA (X), ou no plano XZ, as linhas isocromáticas teriam a disposição mostrada na Figura II.
Figura II - Esquema da determinação das direções de vibração, através da projeção das direções de caminhamento da face perpendicular a BXA da indicatriz da figura de interferência.

A formação das isógiras pode ser verificada elementarmente aplicando-se a Regra de Biot-Fresnel, onde os planos de vibração de um raio bissecta o ângulo diedro formado pelo plano que contém o raio e os dois eixos ópticos. Trata-se de um processo gráfico que determina os traços de vibração, Figura III.

Figura III - Construção de Biot-Fresnel. Mostrando as direções de vibração dos raios de luz que emergem nos pontos selecionados na figura de interferência do tipo bissetriz aguda, esta direções bissectam as linhas imaginárias provenientes do ponto de emersão do eixo óptico.
A formação da isógira ocorre quando as direções de vibração dos raios determinados são paralelos a direções dos polarizadores norte - sul, leste - oeste do microscópico, como mostra a Figura IV.

Figura IV - A formação das isógiras é o resultado do paralelismo entre as direções de vibração do mineral e do microscópio.

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