Atlas Ambiental | |||||
da Bacia do Rio Corumbataí | |||||
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CLASSIFICAÇÃO DAS AVES Como outros animais, a ave é classificada em Ordem, Famílias, Gênero e Espécies. A língua oficial utilizada para classificar qualquer ser vivo é o Latim, já que sendo uma língua morta, não muda. A partir da categoria Reino, mais abrangente, chega-se até a categoria Espécie, mais restrita. Ela engloba seres com as mesmas características e que podem se acasalar, dando continuidade a espécie. A seguir é apresentada uma listagem (“checklist”) geral, de acordo com Howard & Moore (1991), destacando como enfatizam os mesmos, de que com a utilização de novos métodos, cada vez mais sofisticados, muitas mudanças na listagem certamente aparecerão. ORDENS E FAMÍLIAS
Exemplo para o Bem-te-vi O QUE É UMA AVE? À primeira vista as aves apresentam-se muito diferentes uma das outras, em tamanho, proporção do corpo, cor, canto e habilidade em voar. No entanto, uma análise mais detalhada mostrará que eles são muito mais uniformes que os mamíferos, por exemplo. Na verdade, as formas das aves são controladas pela atividade mais importante que é voar. As estruturas interna e externa, representam soluções para o vôo, apresentando portanto perfis aerodinâmicos, como os aviões. Durante o estágio evolucionário, as aves tornam-se “máquinas de voar” ao ganharem penas, asas poderosas, ossos ocos, um extraordinário sistema respiratório e um coração grande e forte. Todas as aves possuem penas, cujas funções são semelhantes as dos pelos no mamíferos (isolante térmico) além de dar sustentação ao vôo. A maioria das aves voa e mesmos as que não voam, descendem das que voavam. As asas, ao se deslocarem, aumenta a pressão abaixo delas, o que empurra o animal para cima. Os ossos do crânio são afinados e o externo (osso do peito) é grande e possui um eixo central, chamado de carena, que auxilia na sustentação dos músculos responsáveis pelo vôo. Os bicos das aves recobrem a boca e, em alguns casos, são extremamente duros e cortantes. Além de servirem para a alimentação, são muitas vezes utilizados para ataque e defesa. O canto é uma das características mais típicas das aves, produzido por um órgão especial chamado Siringe, localizado no fundo da boca. O canto tem como funções principais atrair o parceiro no acasalamento ou expulsar invasores do território. As atividades principais de um pássaro referem-se a luta, vôo, alimentação, auto preservação e reprodução. Estas linhas mestras do comportamento estão centrados nos sistemas digestivo e reprodutor e estes, controlados pelo sistema nervoso. Como criaturas de intenso metabolismo, aves necessitam de uma rápida, poderosa e eficiência digestão dos alimentos. A quantidade de alimentos ingerido por um pássaro depende da espécie, saúde, experiência, idade, sexo e estação do ano. Estudos mostraram que um pássaro em média consome 25% do seu peso em alimentos, por dia. Poucas espécies de pássaros não tem voz e a maioria produz sons vocais. Mais da metade dos pássaros que cantam pertencem a Ordem Passeriformes e todos possuem um órgão especializado para o canto (Siringe). A vocalização dos pássaros são de dois tipos: chamadas e cantos. As chamadas são sons curtos com estrutura acústica simples, envolvendo não mais que cinco notas. As chamadas geralmente referem-se a coordenação do comportamento de outros membros (jovens, grupos familiares, bandos), como alimentação, migração e reação a predadores. O canto é mais complexo que uma chamada e constitue um grupo de notas, separado de um outro grupo de notas, por uma pausa, mais longa que as pausas entre as notas de cada grupo. O canto geralmente funciona como um substituto para o combate físico e na defesa do território. Os pássaros apresentam como característica marcante a territorialidade, ou seja a defesa de uma área com recursos limitados de comida, abrigo e de locais para nidificar (fazer ninhos), cujo limite é um determinado número de indivíduos. Os pássaros defendem seus territórios através do canto, posturas ou luta. Estimativas indicam que existem aproximadamente 100 bilhões de pássaros no planeta e este número seria constante, não fosse a ação do homem. O habitat sem dúvida é o fator mais importante, e como os alimentos de um modo geral são mais abundantes onde a vegetação é mais densa, a quantidade de pássaros é maior, quanto mais densa e variada for a vegetação local. A disponibilidade de alimentos é tão importante que uma alteração ambiental causada pelo homem, pode alterar toda cadeia alimentar de um pássaro. Por exemplo, o desmatamento para plantio de soja, pode diminuir drasticamente a quantidade de certos insetos, fundamentais na alimentação de um determinado pássaro, com consequente diminuição da população. Quanto mais especializado é o pássaro, mais sensível ele é as alterações do ambiente. A caça é também fator importante e certas espécies já desapareceram ou estão ameaçadas de extinção. É o caso da Ema, já extinta na bacia do Corumbataí, e o Jacú, ameaçado de extinção. Pela mobilidade os pássaros se adaptaram aos mais diferentes habitats, cuja principal característica é o tipo e densidade da vegetação. Esta por sua vez é influenciada pela temperatura, chuvas, disponibilidade de luz solar, altitude, ventos e tipos de solo. Os habitats são classificados em: Regiões Polares, Tundra, Regiões Alpinas, Florestas de Coníferas, Florestas Decíduas, Florestas Tropicais, Campos, Desertos, Águas Abertas (lagos, represas e rios), Áreas Costeiras e Manguesais e Mares. Os animais vertebrados não podem se fixar num local e produzir seu próprio alimento. Eles precisam se mover constantemente e procurar a alimentação necessária. Quando a alimentação termina numa área, eles precisam se mover para uma outra. Com a extraordinária mobilidade que lhes é inerente, os pássaros exploram quase que todo planeta, procurando não só alimento, mas também locais para reprodução e outras necessidades de sobrevivência. Os movimentos mais ou menos regulares, extensivos e sazonais dos pássaros, entre duas regiões distintas é conhecido como migração. Pássaros que não migram, são chamados de sedentários ou urbanos, como o Pardal. AS AVES DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ A relação de aves apresentada neste Atlas é certamente incompleta. Para se chegar aos pássaros aqui apresentados, foram feitas entrevistas com os agricultores da região, que indicavam a partir de fotografias, aqueles pássaros ocorrentes na área. Mais de uma vez informações se conflitaram, evidenciando a dificuldade que é a identificação de aves, sugerindo ainda a possibilidade de erros de inclusão ou exclusão. A coordenação do Atlas agradece aqueles que puderem colaborar com a melhoria deste módulo. Na elaboração do texto e seleção das fotografias foram consultados vários livros e sites, relacionados no final do módulo. RELAÇÃO DAS AVES DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ENDRIGO, E.; DEVELEY, P.F. Guia de Campo. Aves da Grande São Paulo. São Paulo, Aves e Fotos Editora. 2004. SITES CONSULTADOS www.animalpicturesarchive.com |
Desenvolvimento: Centro de Análise e Planejamento Ambiental- CEAPLA/IGCE/UNESP Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa |