Atlas Ambiental | |||||
da Bacia do Rio Corumbataí | |||||
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Uso e Ocupação A ocupação da área da bacia do Corumbataí intensificou-se com a expansão cafeeira no Estado de São Paulo, dando impulso ao desenvolvimento regional, principalmente com a ferrovia. Com a diminuição da produção cafeeira, a partir da década de 30, vários municípios que compõem a bacia passaram e/ou ainda passam, por um processo de “estagnação”, onde ocorre até mesmo uma redução do número de habitantes, como é o caso dos municípios de Corumbataí, Ipeúna e Analândia. Em estudo realizado na bacia do Rio Piracicaba, verificou-se que a evolução do número de estabelecimentos e área plantada, nos diferentes municípios da bacia, em relação aos dados do Estado de São Paulo, no período de 1960 a 1980, apresentou uma tendência declinante no número de estabelecimentos agrícolas e hectares plantados, o que de certa forma acompanhou a evolução do setor agrícola em nível estadual. A sub-bacia do Rio Corumbataí apresentou taxa negativa em relação ao número de estabelecimentos de –32%, contra a taxa de –16,4% em nível de Estado. Em relação a área plantada apresentou uma taxa negativa de –1,2% em nível de Estado. Levantamento feito com base em análise de imagens TM/LANDSAT-5 de 1990, mostrou o uso diversificado do solo nos municípios da bacia do Corumbataí, conforme aparece na Tabela 1.
No uso da terra na bacia do Rio Corumbataí, o predomínio é de áreas ocupadas por pastagem, seguindo-se a cana-de-açúcar, que se encontra em generalizada expansão. As áreas de reflorestamento, silvicultura, de eucalipto e Pinus superam a de vegetação natural, mata e cerrado. As duas áreas de reflorestamento de eucalipto mais significativas são o Horto Florestal “Navarro de Andrade” do município de Rio Claro, formado no início do século, e o Horto de Camacuã, entre Rio Claro e Ipeúna. Constatou-se a invasão das culturas de ciclo longo, como a da cana-de-açúcar, em áreas adequadas para culturas de ciclo curto. Também observou-se a ocupação por pastagem em áreas recomendadas para silvicultura e em grande parte das áreas onde a vegetação natural deveria ter sido mantida. Já na Tabela 2, correspondente à situação de 2008, percebe-se sensíveis variações onde se destaca o decréscimo da área ocupada por pastagens e aumento da área ocupada pela cana-de-açucar. Tabela 2 – Uso e ocupação do solo na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí - 2008.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ANTONELLO, S. L. Um sistema de planejamento e gestão para bacias hidrográficas com uso de análise multicritérios. 2008, 130p. Tese (doutorado em Ecologia de Agrossistemas). ESALQ-USP, Piracicaba-SP. SILVA, G.M.P. Diagnóstico Ambiental, Qualidade de Água e Índice de Depuração do Rio Corumbataí – SP. 1999, 155 p. Dissertação (Mestrado). Centro de Estudos Ambientais CEA-UNESP, Rio Claro-SP. |
Desenvolvimento: Centro de Análise e Planejamento Ambiental- CEAPLA/IGCE/UNESP Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa |