Ma 3.850 2.500 542 251
65,5

0

 EON Arqueano Proterozóico Fanerozóico
 ERA

Pré-Cambriano
(3.850 542 Ma)

Paleozóico Mesozóico Cenozóico
 PERÍODO   Permiano (299 – 251 Ma)   Cretáceo (145,5 – 65,5 Ma)   Quaternário (2,6 – 0 Ma)
  Carbonífero (359 – 299 Ma)
  Devoniano (416 – 359 Ma)   Jurássico (201,6 – 145,5 Ma)   Terciário

  Neogeno
   (23 – 2,6 Ma)

  Siluriano (444 – 416 Ma)
  Ordoviciano  (488 – 444 Ma)   Tríássico (251 – 201,6 Ma)

  Paleogeno
   (65,5 – 23 Ma)

  Cambriano (542 – 488 Ma)

Período geológico, delimitado entre aproximadamente 280 e 245 milhões de anos. É marcado pela perda das condições paleoclimáticas extremamente úmidas doCarbonífero, com o início de um processo de aridização em todo o Planeta. Isto teve reflexos nas floras e faunas continentais; com os Vegetais perdendo o aspecto luxuriante do período anterior.

Os Anfíbios experimentam, durante o Permiano, uma perda da diversidade, em relação àquela existente no Carbonífero

Os répteis iniciam o longo domínio de quase todos os ambientes, encerrado apenas no final da Era Mesozóica.

No término do Permiano ocorreu a mais importante Crise_Biótica da história do Planeta. Desapareceram vários grupos, de invertebrados e vertebrados, que haviam dominado durante toda a Era Paleozóica. Atingiu especialmente os organismos bentônicos, que viviam em plataformas continentais.

Paleogeografia no Permiano.

 

Vegetais

Glossopteris

As glossopteridófitas constituem um grupo importante de vegetais extintos, que vieram do Carbonífero Superior aoTriássico, praticamente confinados ao Hemisfério Sul (América do Sul, África do Sul, Austrália, Índia e Antártica).

Glossopteris browniana.

Psaronius

 

Corte transversal de caule de Psaronius tenuis.

Reconstituição de Psaronius sp.

 

 

Anfíbios

Existem muitas diferenças entre viver em ambiente aquático e fora da água. A mudança de um meio para o outro foi a mais difícil de todas as façanhas dos vertebrados.

Por exemplo, o peso de um animal aquático é suportado parcialmente pela água. Mas um animal terrestre deve suportá-lo sozinho.

As nadadeiras dos peixes deviam portanto transformar-se em membros mais sólidos. Foi através desta aquisição, entre várias outras, que o peixe se transformou em um animal terrestre, quadrúpede ou “tetrápodo”.

Ainda que tivessem de retirar oxigênio do ar, os tetrápodos teriam encontrado pouca dificuldade para tanto. Os peixes predecessores possuíam tanto pulmões quanto brânquias.

Mas nos tetrápodos anfíbios, as larvas ainda se desenvolvem na água, até alcançarem um estágio quase adulto. Talvez porque na água exista maior acessibilidade de alimentação apropriada para estes pequenos seres.

Qualquer que seja a razão, o anfíbio jovem é completamente aquático, respirando por brânquias e nadando por meio de uma cauda. Apenas mais tarde o conhecido girino torna-se capaz de viver em terra, com o crescimento dos membros e a utilização plena dos pulmões.

Letoverpeton austriacum (Permiano).

Reconstituição de Letoverpeton austriacum.

Répteis

Os répteis experimentam importante diversificação à partir do Eo-Permiano.

Os pareiassauros eram amniotas reptilianos herbívoros grandes, para o Período Permiano, com dimensões da ordem de 2,5 m de comprimento e 1,5 m de altura. Aparentemente viviam entre áreas pantanosas e regiões menos úmidas. Locais onde o crescimento de vegetais teria sido particularmente abundante. Não persistiram por muito tempo, pois viveram apenas entre Meso e Neo-Permiano.

Bradysaurus seleyi.

Reconstituição do pareiassauros.

Os mesossauros foram animais adaptados à vida anfíbia, ou aquática. Representam portanto um retorno precoce, pelos répteis, ao habitat primitivo dos vertebrados.

Um exame mais detido de seus caracteres anatômicos mostra entretanto que os mesossauros possuíam uma estrutura intermediária entre animais continentais terrestres e perfeitamente adaptados à vida aquática. Talvez até pudessem caminhar sobre o solo, embora não muito eficientemente. Deste modo não seria impossível que desovassem em terra firme. A natação deve ter sido grandemente auxiliada pela cauda. Em tamanho não ultrapassavam 1 m de comprimento. Seus restos são encontrados em sedimentos de águas pouco energéticas, em associação com troncos de madeira silicificados e carapaças de pequenos crustáceos.

Mesosaurus tenuidens.

Crise Biótica

No limite Permiano / Triássico ocorre um fato importante. A substituição rápida, e não gradual, da maior parte das ordens e famílias que haviam dominado no Paleozóico, por microorganismos, vegetais, invertebrados e vertebrados mais modernos.

Calcula-se que mais da metade das famílias de invertebrados permianos, não se acha registrada no Triássico.

Entre os grupos de invertebrados que se extinguiram na “crise permo-triássica” acham-se os trilobitas, ao lado de ordens que dominaram no Paleozóico, pertencentes a corais, briozoários e crinóideos.

Após o Permiano, braquiópodos e crinóideos começam a declinar, hoje assumindo importância restrita.

Não se sabem os motivos, mas os moluscos foram relativamente pouco afetados.

Às extinções maciças de diversos grupos de organismos seguiu-se uma rápida radiação adaptativa. Fato verificado no decorrer de Triássico e Jurássico.

A crise permo-triássica foi, sem dúvida alguma, a mais importante da história da vida no Planeta, muito embora tenham ocorrido extinções, também importantes, durante Era Mesozóica.

 

Paleogeografia no Permiano

No final da Era Paleozóica, no Período Permiano, há mais ou menos 260 milhões de anos atrás, os dois maiores continentes da época, Gondwana e Laurásia, se uniram formando um único continenente chamado Pangea.

Isto certamente significava que vegetais e animais terrestres tinham a possibilidade de se dispersar sobre este macro-continente, desde que pudessem tolerar as variações climáticas e suportar as barreiras geográficas / ecológicas.

A Antártica estava situada no Pólo Sul. Algumas porções do que é hoje Nordeste da Europa e Ásia estavam acima da linha do Equador.

Outras partes de América do Norte e Europa, incluindo a Rússia, estavam mais próximas do Equador que hoje.

América do Sul e África estavam mais distantes do Equador que modernamente.

Austrália e Nova Zelândia, ainda unidas a Antártica, estavam situadas mais ao Sul que hoje.

Paleogeografia no Permiano.

 

Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
Campus de Rio Claro

Instituto de Geociências e Ciências Exatas
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA APLICADA