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Período
geológico, delimitado entre aproximadamente 280 e 245
milhões de anos. É marcado pela perda das condições paleoclimáticas extremamente úmidas doCarbonífero, com o
início de um processo de aridização em todo o Planeta. Isto
teve reflexos nas floras e faunas continentais; com os Vegetais perdendo
o aspecto luxuriante do período anterior.
Os Anfíbios experimentam,
durante o Permiano,
uma perda da diversidade, em relação àquela existente no
Carbonífero
Os répteis iniciam
o longo domínio de quase todos os ambientes, encerrado
apenas no final da Era
Mesozóica.
No término do Permiano ocorreu
a mais importante
Crise_Biótica da
história do Planeta. Desapareceram vários grupos, de invertebrados e vertebrados,
que haviam dominado durante toda a Era
Paleozóica. Atingiu especialmente os organismos bentônicos,
que viviam em plataformas continentais.
Paleogeografia no
Permiano.
Glossopteris
As glossopteridófitas constituem um
grupo importante de vegetais extintos, que vieram
do Carbonífero Superior aoTriássico, praticamente confinados ao
Hemisfério Sul (América do Sul, África do Sul, Austrália, Índia
e Antártica).
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Glossopteris browniana. |
Psaronius
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Corte transversal de caule de
Psaronius tenuis. |
Reconstituição
de
Psaronius sp. |
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Anfíbios
Existem muitas
diferenças entre viver em ambiente aquático e fora da água. A
mudança de um meio para o outro foi a mais difícil de todas as
façanhas dos vertebrados.
Por exemplo, o peso
de um animal aquático é suportado parcialmente pela água. Mas um
animal terrestre deve suportá-lo sozinho.
As nadadeiras dos
peixes deviam portanto transformar-se em membros mais sólidos.
Foi através desta aquisição, entre várias outras, que o peixe
se transformou em um animal terrestre, quadrúpede ou “tetrápodo”.
Ainda que tivessem
de retirar oxigênio do ar, os tetrápodos teriam encontrado
pouca dificuldade para tanto. Os peixes predecessores
possuíam tanto pulmões quanto brânquias.
Mas nos
tetrápodos anfíbios, as larvas ainda se desenvolvem na
água, até alcançarem um estágio quase adulto. Talvez porque na água
exista maior acessibilidade de alimentação apropriada para estes
pequenos seres.
Qualquer que seja a
razão, o anfíbio jovem é completamente aquático, respirando
por brânquias e nadando por meio de uma cauda. Apenas mais tarde o
conhecido girino torna-se capaz de viver em terra, com o
crescimento dos membros e a utilização plena dos pulmões.
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Letoverpeton
austriacum (Permiano). |
Reconstituição
de Letoverpeton
austriacum. |
Répteis
Os répteis experimentam importante diversificação à partir do
Eo-Permiano.
Os pareiassauros eram amniotas reptilianos
herbívoros grandes, para o Período Permiano, com dimensões da
ordem de 2,5 m de comprimento e 1,5 m de altura. Aparentemente
viviam entre áreas pantanosas e regiões menos úmidas. Locais onde o
crescimento de vegetais teria sido particularmente abundante. Não
persistiram por muito tempo, pois viveram apenas entre Meso e Neo-Permiano.
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Bradysaurus seleyi. |
Reconstituição do pareiassauros. |
Os mesossauros foram animais adaptados à vida anfíbia, ou
aquática. Representam portanto um retorno precoce, pelos répteis,
ao habitat primitivo dos vertebrados.
Um exame mais detido de seus caracteres anatômicos mostra entretanto
que os mesossauros possuíam uma estrutura intermediária entre
animais continentais terrestres e perfeitamente adaptados à vida
aquática. Talvez até pudessem caminhar sobre o solo, embora não
muito eficientemente. Deste modo não seria impossível que desovassem
em terra firme. A natação deve ter sido grandemente auxiliada pela
cauda. Em tamanho não ultrapassavam 1 m de comprimento. Seus restos
são encontrados em sedimentos de águas pouco energéticas, em
associação com troncos de madeira silicificados e carapaças de
pequenos crustáceos.
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Mesosaurus tenuidens. |
Crise Biótica
No limite Permiano / Triássico ocorre um fato
importante. A substituição rápida, e não gradual, da maior parte das
ordens e famílias que haviam dominado no Paleozóico,
por microorganismos, vegetais, invertebrados e vertebrados mais
modernos.
Calcula-se que mais da metade das famílias de invertebrados
permianos, não se acha registrada no Triássico.
Entre os grupos de invertebrados que se extinguiram na “crise
permo-triássica” acham-se os trilobitas, ao lado de ordens que
dominaram no Paleozóico, pertencentes a corais, briozoários e crinóideos.
Após o Permiano, braquiópodos e crinóideos começam a declinar, hoje
assumindo importância restrita.
Não se sabem os motivos, mas os moluscos foram relativamente pouco
afetados.
Às extinções maciças de diversos grupos de organismos seguiu-se uma
rápida radiação adaptativa. Fato verificado no decorrer de Triássico e
Jurássico.
A crise permo-triássica foi, sem dúvida alguma, a mais importante da
história da vida no Planeta, muito embora tenham ocorrido extinções,
também importantes, durante Era Mesozóica.
Paleogeografia
no Permiano
No final da Era Paleozóica, no Período
Permiano, há mais ou menos 260 milhões de anos atrás, os dois
maiores continentes da época, Gondwana e Laurásia, se uniram
formando um único continenente chamado Pangea.
Isto certamente significava que vegetais e animais
terrestres tinham a possibilidade de se dispersar sobre este
macro-continente, desde que pudessem tolerar as variações climáticas
e suportar as barreiras geográficas / ecológicas.
A Antártica estava situada no Pólo Sul. Algumas
porções do que é hoje Nordeste da Europa e Ásia estavam acima da
linha do Equador.
Outras partes de América do Norte e Europa, incluindo
a Rússia, estavam mais próximas do Equador que hoje.
América do Sul e África estavam mais distantes do
Equador que modernamente.
Austrália e Nova
Zelândia, ainda unidas a Antártica, estavam situadas mais ao Sul que
hoje.
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Paleogeografia
no Permiano. |
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